O boletim conta uma história. A perícia mostra os fatos. E os fatos mudam sentenças.
Após um acidente, é comum que os envolvidos apresentem o boletim de ocorrência (BO) como principal documento no processo judicial. Porém, há uma diferença fundamental entre relato e perícia: o primeiro é uma narrativa, enquanto o segundo é prova técnica.
O BO é importante como registro inicial dos fatos, mas é limitado em termos de apuração técnica. Na maioria dos casos, ele é preenchido com base na versão das partes ou de testemunhas — e nem sempre conta com análise presencial da autoridade.
Até mesmo nos caos em que a autoridade está presente, essa não tem condições técnicas de identificar todos os aspectos do cenário do acidente. Limitando então, o BO a conter a narrativa dos fatos.
Já o laudo pericial é resultado de uma investigação técnica, fundamentada em cálculos físicos, avaliação dos danos veiculares, análise do local do acidente e normas de trânsito.
Um bom laudo pericial, responde perguntas como:
- Qual foi a dinâmica do acidente?
- Houve frenagem? A velocidade era compatível?
- O ponto de impacto revela a real posição dos veículos?
“Versão dos fatos é diferente de reconstrução técnica.”
Muitos advogados perdem ações porque confiam exclusivamente no BO, sem buscar o suporte técnico que comprove a versão do seu cliente.
Outros tantos, acreditam que somente o Laudo Pericial, produzido pelo Perito Criminal, ou o Perito do Juízo, é suficiente para comprovar a sua tese de defesa. O que na maior parte das vezes é um erro.
Mesmo com uma bom laudo pericial, alguns elementos podem passar despercebidos. Elementos que mesmo ínfimos, podem ser o grande diferencial na defesa. E somente o olhar atento de um profissional com capacidade técnica pericial, é capaz de identificar.
Este profissional é o Assistente Técnico Judicial, que o Código de Processo Penal e o Código de Processo Civil, prevê a possibilidade de contratação pelas partes, para acompanhar o trabalho Pericial. Inclusive podendo emitir Parecer Técnico.
Essa contratação pode ser o grande diferencial da defesa. Pois o Assistente Técnico é o profissional responsável por apresentar a versão do cliente de forma técnica e a comprovar cientificamente.
O Assistente Técnico faz toda a diferença na condução do Processo Judicial. Pois, apesar de não ter atuação direta nos autos, ele faz a análise técnica e a converte para a linguagem jurídica, para então o advogado atuar.
É a Engenharia, em defesa da vida, aplicada a investigação de acidentes, auxiliando na busca da verdade, em defesa da justiça.
A perícia técnica é o elo entre a engenharia e o direito. Onde há dúvida, o engenheiro entrega precisão.
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